PENSANDO BEM...
sábado, 23 de agosto de 2014
domingo, 24 de novembro de 2013
O PROFESSOR E O USO DO CELULAR EM SALA DE AULA
![]() |
Origem da foto: google |
Eu venho de um tempo onde tudo o que o professor tinha em
sala de aula era: giz, apagador e o quadro negro.
Os alunos quando muito aproveitavam os
materiais que foram de seus irmãos, era quase cultural, os filhos mais velhos
tinham que cuidar dos livros para que os menores pudessem usar quando chegassem
a sua vez de irem para a escola.
Não vou negar que acompanhei muitas mudanças na educação, hoje o Estado e alguns Municípios disponibilizam todo o material pedagógico para os alunos, de uniformes a tesoura,
cola, cadernos e até os livros. Mas porque a qualidade da educação não avança?
Na minha observação são tantos fatores externos, que não posso deixar de mencionar que
hoje o professor compete com o que a tecnologia tem de mais moderno, dos
tablets aos smartphones.
Em sala de aula pelo Brasil afora estes aparelhos , passam a ser em muitas ocasiões um fator que atrapalha o professor, passando a ser mais atrativos do que o conteúdo que o educador tem para trabalhar.
Por isso ao invés de ser um aliado, um recurso de apoio, passa a ser um vilão, um obstáculo que atrapalha e por isso é hostilizado por muitos profissionais da área da educação.
Porém ao meu ver tudo isso se deve a falta de preparo e de formação dos
nossos educadores.
Através de contatos eu tive conhecimento que neste ano de 2013 o Estado de São Paulo disponibilizou tablets nas escolas da periferia, tanto alunos como professores receberam um aparelho, e alguns destes profissionais não sabiam utilizar, não foram preparados para isso.Bem eu acredito que alguém deva estar pensando neste problema.
Voltando aos professores muitos deles por
condições financeiras nem tem acesso na sua vida particular a estes aparelhos.
Então fica o aluno numa condição mais avançada, dominando mais as novas
tecnologias do que muito educador.
Incomodada com esta situação estou pensando em
fazer uma pesquisa para saber e para
encontrar respostas sobre como utilizar melhor este recurso em sala de aula.É
claro que com o objetivo de socializar as informações.
No pequeno grupo de educadores que coordeno, tenho acompanhado profissionais que com criatividade consegue explorar tal recurso a ponto dos alunos produzirem excelentes materiais como vídeos com temas pertinentes a questões do meio ambiente.
No pequeno grupo de educadores que coordeno, tenho acompanhado profissionais que com criatividade consegue explorar tal recurso a ponto dos alunos produzirem excelentes materiais como vídeos com temas pertinentes a questões do meio ambiente.
Como professora venho observando este avanço tecnológico e
me preocupando com o papel do educador.
Lembrando que em muitos lugares ainda predomina o giz , o
apagador e o velho quadro negro ou verde se
preferirem.
Leonita Oliveira
sábado, 16 de novembro de 2013
ILHA DAS FLORES
Em 1990, assisti um documentário que mexeu muito comigo, por isso sempre trabalhei com ele com meus alunos, passaram-se mais de duas décadas e este curta ainda é tão real, não podemos deixar ele cair no esquecimento, gosto de indicar aos educadores para que trabalhem com seus alunos.
O melhor resumo comentado:
O
referido documentário me causou vários tipos de reações. A primeira foi
de rir, pois o curta usa uma linguagem enciclopédica e retoma várias
vezes à enunciados já expostos. Este efeito fez com que ele tivesse um
ar de descontração, já que ainda não tínhamos conhecimento do verdadeiro
foco que o curta queria retratar.
O
protagonista da história é um tomate podre. A princípio, conhecemos
onde ele nasceu e como chegou à casa de uma consumidora, sempre dando
ênfase e satirizando de uma forma espontânea e divertida os processos,
tanto sociais como econômicos, que transportaram este tomate. Depois, o
primeiro foco do curta aparece: o problema ambiental que o lixo causa.
Conhecemos a Ilha das Flores, que é o lugar para onde vai o tomate podre
que aquela consumidora julgou não servir para sua alimentação. Ao
chegar neste local, que é um grande depósito de lixo, o tomate é
novamente selecionado, agora para servir de alimento para os porcos. O
tomate também não passa por este teste e é aí que observamos o
verdadeiro sentido do documentário.
Ao
ser desprezado como alimento para os porcos, o tomate podre fica a
mercê da população que reside próximo ao lixão. Estas pessoas se
alimentam do que é “deixado pelos porcos”. Esta é a verdadeira temática
do documentário, que utiliza uma linha de raciocínio em que tudo pode
ser explicado com enunciados lógicos. Tudo menos a liberdade, que é
"palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique, e
ninguém que não entenda". E esta liberdade está diretamente ligada aos
fatores socioeconômicos que o ser humano possui, ou não possui, como é o
caso dos habitantes da ilha das Flores.
A
intensa dualidade entre temas tão importantes, tratados de uma maneira
tão impessoal, dá ao documentário características singulares.
Características essas, que impressionam a qualquer um que o assistir.
Nuances de humor, porém, com um enfoque tão dramático, tudo isso tratado
com o mais puro cientificismo enciclopédico. O documentário “Ilha das
Flores” com certeza marcou-me profundamente, tais como suas questões
filosóficas e sociais, que nos remetem ao pensamento de mudança, de
atitude e ao mesmo tempo, de impotência.
Por: Pedro Felipe de Lima Henrique
Por: Pedro Felipe de Lima Henrique
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
DIA DA ALFABETIZAÇÃO
A correria do dia a dia não me permitiu postar ontem aqui no Blog, mas fica aqui a minha homenagem a todos os alfabetizadores pelo dia da Alfabetização.
domingo, 10 de novembro de 2013
SE EU MORRER ANTES DE VOCÊ
VINICIUS DE MORAES NA VOZ DE ROLANDO BOLDRIN
Se eu morrer antes de você, faça-me um favor. Chore o
quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado. Se não
quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se
tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu
respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o
exagero. Se me criticarem demais, defenda-me. Se me quiserem fazer um
santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas
estava longe de ser o santo que me pintam. Se me quiserem fazer um
demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a
vida inteira eu tentei ser bom e amigo. Se falarem mais de mim do que de
Jesus Cristo, chame a atenção deles. Se sentir saudade e quiser falar
comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar com Ele o suficiente
para continuar sendo útil a você, lá onde estiver. E se tiver vontade de
escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase : ' Foi meu
amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus !' Aí, então
derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxuga-la, mas não faz
mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem
substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu. Mas, de vez em
quando, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me verá, mas eu
ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele. E, quando chegar a sua
vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver,
em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele. Você acredita nessas
coisas ? Sim??? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que
vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito. Amizade
só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura
aqui mesmo o seu começo. Eu não vou estranhar o céu . . . Sabe porque ?
Porque... Ser seu amigo já é um pedaço dele !
Vinicius de Moraes
sábado, 9 de novembro de 2013
NO DIA EM QUE SAI DE CASA
Não é
novidades pra quem acompanha este blog que ele está sendo escrito com a
intenção de socializar algumas experiências na área da educação com educadores
de alfabetização de adultos.
O educador
tem sempre que ser criativo ao planejar e procurar usar os diversos recursos
possíveis para que a mensagem que ele deseje passar seja compreendida pelos
alunos.
Sempre no
inicio de cada ano letivo, utilizava a
avaliação diagnóstica, aquela que é feita inicialmente para sabermos com que
bagagem os alunos chegam. É uma forma de aproveitar a vivência de cada um, e de
não perder tempo com coisas que eles já sabem. Detectar os saberes trazidos
pelos alunos na alfabetização de adultos é muito importante, seria ingenuidade
achar que uma pessoa adulta que entra numa escola pela primeira vez não tenha
durante sua vida, somatizado conteúdos importantes.
A música
sempre esteve presente no meu cotidiano com meus alunos, baseada nessa sondagem
que era feito no inicio, buscava trazer para sala, os gêneros musicais que
tivesse haver com suas histórias de vida e de acordo com seus gostos, é
bom lembrar que algumas letras de música, não tem o mesmo efeito se
trabalharmos com crianças, a música marca alguns momentos da vida da pessoa
adulta e na criança isso ainda esta em construção.
Especialmente
pra mim foi muito difícil trabalhar a música "No dia em que sai de
casa", primeiro porque aflorou os sentimentos deles, e também porque esta
música representava a história de quase todos, inclusive a minha.
Quando
levei esta música pra os alunos, ainda não dispunha de alguns recursos tecnológicos
como máquina fotográfica e nem tão pouco filmadora e por isso alguns registros
estão somente na minha memória.
Lembro
que íamos fazer uma apresentação para o dia das mães, estudamos a música de
todas as formas possíveis, leitura da letra, significado de cada palavra, enfim
um grupo formado por alunos da terceira idade, foi muito difícil pois a emoção sempre tomava conta
e em vez de cantar, muitos choravam, muitos se emocionavam e no final era lindo de vê-los cantando.
No Dia Em Que Eu Saí de Casa
Zezé Di Camargo e Luciano
No dia em que eu saí de casa
Minha mãe me disse:
Filho, vem cá!
Passou a mão em meus cabelos
Olhou em meus olhos
Começou falar
Por onde você for eu sigo
Com meu pensamento
Sempre onde estiver
Em minhas orações
Eu vou pedir a Deus
Que ilumine os passos seus
Eu sei que ela nunca compreendeu
Os meus motivos de sair de lá
Mas ela sabe que depois que cresce
O filho vira passarinho e quer voar
Eu bem queria continuar ali
Mas o destino quis me contrariar
E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar
A minha mãe naquele dia
Me falou do mundo como ele é
Parece que ela conhecia
Cada pedra que eu iria por o pé
E sempre ao lado do meu pai
Da pequena cidade ela jamais saiu
Ela me disse assim:
Meu filho, vá com Deus
Que este mundo inteiro é seu
Eu sei que ela nunca compreendeu
Os meus motivos de sair de lá
Mas ela sabe que depois que cresce
O filho vira passarinho e quer voar
Eu bem queria continuar ali
Mas o destino quis me contrariar
E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar
E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar
E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar
Minha mãe me disse:
Filho, vem cá!
Passou a mão em meus cabelos
Olhou em meus olhos
Começou falar
Por onde você for eu sigo
Com meu pensamento
Sempre onde estiver
Em minhas orações
Eu vou pedir a Deus
Que ilumine os passos seus
Eu sei que ela nunca compreendeu
Os meus motivos de sair de lá
Mas ela sabe que depois que cresce
O filho vira passarinho e quer voar
Eu bem queria continuar ali
Mas o destino quis me contrariar
E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar
A minha mãe naquele dia
Me falou do mundo como ele é
Parece que ela conhecia
Cada pedra que eu iria por o pé
E sempre ao lado do meu pai
Da pequena cidade ela jamais saiu
Ela me disse assim:
Meu filho, vá com Deus
Que este mundo inteiro é seu
Eu sei que ela nunca compreendeu
Os meus motivos de sair de lá
Mas ela sabe que depois que cresce
O filho vira passarinho e quer voar
Eu bem queria continuar ali
Mas o destino quis me contrariar
E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar
E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar
E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
RECRIANDO UM POEMA
É muito bom trabalhar com rimas, os alunos gostam e se divertem com isso. Improvisar as rimas com eles, sai coisas muito interessantes..
O BURACO DO TATU
de: Sergio Caparelli
O tatu cava um buraco
À procura de uma lebre
Quando sai pra se coçar,
Já esta em Porto Alegre.
O Tatu cava um buraco
E fura a terra com gana,
Quando sai pra respirar,
Já esta em Copacabana.
O Tatu cava um buraco
E retira a terra aos montes,
Quando sai pra beber água,
Já esta em Belo
Horizonte.
O Tatu cava um buraco
Dia e noite, noite e dia,
Quando sai pra descansar,
Já está lá na Bahia.
O Tatu cava um buraco,
Tira terra, muita terra,
Quando sai por falta de ar,
Já esta na Inglaterra.
O Tatu cava um buraco
E some dentro do chão,
Quando sai pra respirar
Já está lá no Japão.
O Tatu cava um buraco
Com as garras muitos fortes,
Quando quer se refrescar,
Já esta lá no Pólo Norte.
O Tatu cava um buraco,
Um buraco muito fundo,
Quando sai pra descansar,
Já esta no fim do mundo.
O Tatu cava um buraco,
Perde o fôlego, geme, sua,
Quando quer voltar atrás,
Leva um susto, está na lua.
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
CASIMIRO DE ABREU
MEUS OITO ANOS
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus
— Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
................................
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus
— Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
................................
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!
terça-feira, 29 de outubro de 2013
CECÍLIA MEIRELES
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