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Origem da foto:Google |
Quem
é professor ou educador, sabe do que vou falar, o grande vilão para o curso de
alfabetização é a matemática. Os alunos sente pavor por esta matéria, e alguns
alunos acreditam que nunca vão entender.
Enquanto educadora sempre busquei
uma forma de tornar esta disciplina em algo mais lúdico, mais agradável,
buscava sempre criar atividades práticas, relacionadas ao dia a dia deles.
Lembrando o caso da D. Rute, uma
senhora de 50 e poucos anos que dizia que não conseguia entender a matemática e
que nunca iria aprender.
Eu argumentava da seguinte forma:
-Dona Rute a senhora acha que nunca
usou a matemática na sua vida?
-Nunca , eu não sei fazer conta , não consigo.
-Tem certeza?
-Sim, tenho.
-Quem faz as compras na sua casa? Quem
mexe com dinheiro?
-Eu.
-Quando a Senhora vai ao mercado ou a
feira sabe conferir o troco?
-Claro que sei, ninguém me enrola. Eu
faço a conta na cabeça, só não sei passar para o papel.
-Muito bem, a Senhora sabe fazer o
mais difícil, resolver mentalmente. Passar para o papel é o mais fácil é desenhar a maneira como a Senhora pensa, e
isso com um pouco de técnica se consegue.
Eu procurava sempre mostrar aos meus
alunos que o ser humano já nasce com a
capacidade de pensar e resolver problemas matemáticos incríveis. Exemplificava
com procedimentos rotineiros, como abrir
os olhos de manhã e calcular quanto tempo tem pra se vestir, tomar café e chegar
no trabalho . Outro exemplo que
costumava a citar era a travessia da rua, dizia a eles que o nosso cérebro faz
cálculos matemáticos complicados, desde a velocidade do carro, a largura da
pista e tempo, tudo isso num simples
olhar. O nosso cérebro faz todos os cálculos automaticamente, para que
atravessemos a rua com segurança. A matemática nos salva a vida todos os dias .
Muitas vezes saíamos do espaço da sala
para vivenciar práticas, como por exemplo comprar algo no mercado, conferir preços,
atravessarmos a rua. Enfim, é assim que
eu acredito num aprendizado dinâmico.
Eu posso garantir que todos os meus
alunos no final do ano, entendiam perfeitamente a importância da matemática na nossa vida e acabavam apaixonados pela disciplina, porque todas as nossas atividades eram
vivenciadas.
Leonita
Oliveira