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Origem da foto: Google |
Minha família é de professores,
minha irmã Cristina é professora de
Geografia, minha Rosa é professora de Artes e minha irmã Leozilda é
professora de Português, excelentes profissionais, porém a geração mais nova da
nossa família “nossos filhos” não querem seguir a carreira do magistério. Dizem
que não dá futuro, e eu, particularmente
concordo com eles, educar é um ato de amor, se não tem amor é perca de tempo e
de investimento, porque os salários não são atrativos, por conta disso está
cada vez mais escasso este profissional, por mais que a tecnologia esteja
avançada, ainda assim precisaremos deles “os mestres”, mas como motivar os
jovens , como induzir alguém a amar algo que tem que ser nativo?
Os professores hoje sofrem muito,
dão aulas em várias escolas, tem até um fato curioso de uma amiga que tinha 750
alunos, e um desses alunos morreu num acidente de carro e ela soube da noticia
da seguinte forma: -“O Thiago da 5ª série morreu atropelado”.
Então minha amiga conta que entrou na 5ª B
muito triste com a notícia, e quando entrou na classe, quem estava lá? O Thiago que ela pensou que tinha morrido. Ficou
aliviada, porém, continuou triste, se não foi o Thiago da 5ª B
então foi o Thiago da 5ª D, e lá foi ela pra próxima turma. Surpresa o Thiago
da 5ª D estava lá “vivinho da Silva”. Só então,
indo no arquivo da Secretaria e vendo as fotos dos outros Thiagos , ela
pode realmente saber que quem tinha falecido era o Thiago da turma A,
turma que ela dava aulas apenas uma vez por semana.
A história é um pouco cômica, mais é
triste, o professor tem tantos alunos, que ele não consegue ter um vínculo afetivo,
não consegue guardar fisionomias e nem decorar nomes .
Por mais moderno que seja o sistema, os
alunos em muitas escolas ainda são números na lista de chamada e nos conselhos
de classe. A culpa não é do professor, mas sim do sistema que não oferece
condições para que ele se dedique apenas a uma turma.
Leonita
Oliveira
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